O PARALELO E MERIDIANO LOCAL
Esta atividade precisa ser realizada num dia ensolarado, entre 10 e 14 horas.
Material: uma estaca (cabo de vassoura ou espeto de churrasquinho) e rolo de barbante.
Procedimento:
a) Coloque a estaca fincada na vertical sobre uma superfície exposta ao sol. Caso você não tenha acesso a uma área com terra ou a um tanque de areia, utilize um vaso velho com terra para fixar a estaca.
b) Marque a posição da extremidade da sombra da estaca às 11 horas da manhã. A partir desse ponto, trac4 uma circunferência com o auxilio de um pedaço de barbante, tendo como o centro a estaca.
c) Às 13 horas, marque o ponto em que a sombra da estaca irá cruzar novamente a circunferência.
d) Trace uma reta unindo esse ponto e o ponto inicial. Parabéns! Você acabou de estabelecer o paralelo local! Essa linha é paralela ao equador.
e) O meridiano local pode ser traçado a partir de uma perpendicular que passa pelo centro da circunferência que você traçou e o paralelo, formando uma cruz. Essa linha se encontra no pólo norte e no pólo sul, com todos os outros meridianos.
f) Posicione uma bussola sobre a linha do meridiano local. Verifique a diferença existente entre o meridiano, que aponta para o norte geográfico, e a linha formada pela agulha da bussola, que aponta para o norte magnético. Muito bem! Você acaba de obter a declinação magnética local (desvio entre o pólo norte magnético e pólo norte geográfico)
Fonte bibliográfica:
ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges e RIBEIRO, Wagner costa. Construindo a Geografia: uma janela para o mundo. São Paulo: Moderna, 1999.
CONSTRUINDO UMA BUSSOLA
Material: um prato fundo, tinta não-soluvel, imã, uma agulha, uma rolha de garrafa ou um pedaço de isopor.
Atenção: esse experimento deve ser realizado sob a supervizão de um adulto.
Procedimento;
1- Pintar os pontos cardeais (N, S, L , O) e os pontos colaterais (NE, SE, SO, NO) no prato. Deixar secar.
2- Esfregar o imã várias vezes na agulha, sempre na mesma direção, até ela se imantar.
3- Cortar a rolha ou o pedaço de isopor de tal modo que ela se assemelhe a uma moeda.
4- Atravessar, com a agulha, o pedaço de rolha.
5- Encher o prato com água e deixar a rolha com a agulha imantada flutuar. Esta pronta a sua bussola, agora é só observar.
6- A direção que a agulha apontar será o norte (pólo magnético do norte)
7- Se a agulha não apontar para o norte que você pintou no prato, vire-o até a agulha parar sobre o N; assim você terá os pontos cardeais e colaterais e poderá orientar-se.
Fonte bibliográfica:
ADAS, Melhem. Geografia: noções básicas de Geografia. São Paulo: Moderna, 2006.
CONSTRUINDO UM TERRÁRIO
O TERRÁRIO É Uma miniatura de um ecossistema terrestre. No fundo de um vidro de conserva, coloque cascalho para drenagem da água (esse tipo de material é facilmente encontrado em lojas de artigo para aquários). Em cima do cascalho, coloque uma camada de terra fértil (húmus) levemente molhada. Essas duas camadas devem ocupar quase a metade do vidro. Em seguida, monte um ambiente com plantas de pequeno porte e animais como caramujos, minhocas, tatuzinho de jardim etc. regue seu terrário e, depois, tampe o vidro para evitar a evaporação da água existente no recipiente.
Pronto o terrário, coloque-o num local sem luz do sol. Durante uma semana, observe:
a) O percurso da água dentro do terrário;
b) Como vivem os animais;
c) A relação estabelecida nesse ambiente entre água, solo, vegetação e fauna.
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO
1- Providencie uma lanterna ou uma pequena luminária e um globo terrestre.
2- Depois gire vagarosamente o globo terrestre no sentido do movimento de rotação da terra.
3- Na medida do possível escureça o ambiente da sala de aula.
4- Coloque o foco luminoso na mesma altura do globo terrestre e continue girando-o, mostrando as áreas de maior e menor incidência dos raios solares na superfície terrestre.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
A Crença do Povo e suas Previsões sobre a Seca
O povo sertanejo tem muita fé e crenças que o ajudam a manter as esperanças e o acalentam nos dias mais difíceis.
O medo do flagelo da seca atormenta esse povo a muito tempo, principalmente nas comunidades, rurais, onde apesar de haver acesso a alguns meios de comunicação que trazem os conhecimentos cada vez mais modernos sobre a metereologia, ainda mantém-se a tradição de tentar prever as condições do tempo por meio dos saberes transmitidos de geração para geração. Pois é nos meses chuvosos que se deposita toda a esperança de um ano bom, preparando a terra e plantando suas sementes, guardadas com todo cuidado das safras anteriores, na espera de uma colheita farta e que suas barragens e açudes se encham permitindo um período maior sem que haja necessidade de recorrer ao governo município o abastecimento de água. Que segundo ANDRADE (1998 p. 46): “Assim, preocupando-se com uma possível seca, o sertanejo está sempre às voltas com ‘experiências’ e prognósticos sobre as possibilidades de chuvas nos anos que virão. [...]”
Entra ano e sai ano e o sertanejo está sempre olhando para o céu a procura de nuvens ou outros sinais de chuvas. Para fazer um prognóstico sobre o tempo esse povo usa observação de alguns elementos da natureza, como por exemplo, a primeira Lua de janeiro que quando se apresenta com suas “pontas” voltadas para o norte significa chuva no Sertão, já quanto está voltada para o sul significa seca. Eles também acreditam que ao observar o comportamento de alguns animais como o sapo cururu que ao cantar no cair da noite é previsão de chuvas nos dias seguintes, bem como a invasão de formigas que começam a se afastarem das margens dos rios e riachos pressentindo que estes irão aumentar o volume do seu leito, além do canto dos pássaros e a maneira como as cabras pulam tudo é visto como um sinal para se determinar a chegada das chuvas.
A fé religiosa em alguns santos é marca registrada desse povo, que servem de base para algumas experiências que profetizam a chegada ou não das secas. Uma delas é feita no dia 13 de dezembro, dia de Santa Luzia, que quando não chove é porque o mês de janeiro do próximo ano será “fraco” de chuvas, da mesma forma ocorre com os dias subseqüentes de dezembro que corresponderão respectivamente aos meses seguintes a janeiro, assim o dia 14 é fevereiro, o dia 15 de março e assim por diante. É também no dia de Santa Luzia que muitos sertanejos fazem as experiências do sal, como explica MARINS (1999, p. 19):
Ao anoitecer colocamos ao relento seis pedrinhas de sal. Cada uma delas, como me explicou madrinha, representava um dos seis meses seguintes de janeiro a julho. Se no dia imediato, ao romper da madrugada, a primeira ou a segunda ou qualquer delas estivesse desfeita, então era certo que, no mês que ela estava representando, teríamos a chuva salvadora para as nossas roças e para alimentar o olho d’água. Era desse modo que todos os sertanejos procediam para verificar se teriam alegrias nos meses seguintes.
O dia de São José (19 de março) também é um ponto de referência para esses prognósticos, pois se não chover até esse dia, o nordestino acredita que os meses seguintes serão de estiagens, indicando que o resto do ano não será bom para o desenvolvimento das lavouras e que as dificuldades para o seu criatório será ainda maior. E quando a seca realmente se agrava, algumas pessoas apelam para o “seqüestro” da imagem de São José, só devolvendo quando volta a chover na região. Como afirma BRANCO (2003, p. 67):
“[...] Tal tendência faz parte da natureza humana: quando o homem atinge a mais extrema miséria e não vê saída para a sua situação, porque esta não depende mais do seu esforço, ele passa a procurar soluções sobrenaturais. A partir daí, ele cria preconceitos, ídolos, amuletos, cerimoniais estranhos, rituais que, segundo sua nova crença, possam atrair os benefícios necessários para melhorar sua vida. [...]”
E é com base nessa fé que todo sertanejo continua a luta por dias melhores na sua terra, mesmo sabendo que a seca pode se repetir a qualquer momento, trazendo consigo todas as suas conseqüências.
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